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terça-feira, 29 de junho de 2010

tartaruga-gigante

NOME: Tartaruga-gigante
PESO: 300 KG
COMPRIMENTO: 1.3 metros
TEMPO DE VIDA: Aos 500 ou 300 anos.

O termo tartaruga-gigante é a designação comum a diversas tartarugas terrestres, de grande porte, da família dos testudinídeos.

As tartarugas-gigante que existem hoje em dia são características de habitats insulares da região tropical. O registo fóssil, no entanto, mostra que já foram comuns nos continentes, em particular na Ásia. As tartarugas-gigante têm dimensões variáveis, de espécie para espécie. As maiores atingem 300 kg de peso e 1.3 metros de comprimento.

A maior população de tartarugas-gigante encontra-se no atol de Aldabra, no oceano Índico, com cerca de 100.000 exemplares de tartaruga-gigante-de-aldabra (Geochelone gigantea).

Devido à sua incidência em habitats insulares, as tartarugas-gigante são muito sensíveis a pressões ecológicas. A tartaruga-gigante-das-seychelles, por exemplo, está extinta na Natureza.

Espécies de tartaruga-gigante


segunda-feira, 28 de junho de 2010

artropodes


s Artrópodes (do grego arthros: articulado e podos: pés, patas, apêndices) são animais invertebrados caracterizados por possuírem membros rígidos e articulados. São o maior grupo de animais existentes, representados pelos gafanhotos (insetos), aranhas (arachnida), caranguejos (crustáceos), centopeias (quilópodes) e embuás (diplópodes), somam mais de um milhão de espécies descritas (apenas mais de 890.000 segundo outros autores). Mais de 4/5 das espécies existentes são Artrópodes que vão desde as formas microscópicas de plâncton com menos de 1/4 de milímetro, até crustáceos com mais de 3 metros de espessura[1].

Os artrópodes habitam praticamente todo o tipo de ambiente: aquático e terrestre e representam os únicos invertebrados voadores. Existem representantes parasitas e simbióticos. Há registros fósseis de artrópodes desde o período Cambriano.

Índice

[esconder]

Anatomia dos artrópodes

Os artrópodes têm (1) apêndices articulados e (2) o corpo segmentado, envolvido num (3) exoesqueleto de quitina (números da imagem acima). Os apêndices estão especializados para a alimentação, para a percepção sensorial, para defesa e para a locomoção. São estas "patas articuladas" que dão o nome ao filo e que o separam dos filos mais próximos, os Onychophora e os Tardigrada[1].

Eles são animais metamerizados, isto é, têm corpo segmentado, mas sua metameria não é tão evidente como a dos anelídeos; isso porque sua metameria heteronôma: os metâmeros (segmentos) diferenciam-se durante o desenvolvimento, alguns deles fundindo-se para a formação de tagmas que são tipicamente:

Dentre as diferentes classes de artrópodes há casos em que dois ou mais tagmas se unem formando uma única peça como é o caso de certos grupos de crustáceos em que os tagmas cabeça e tórax se unem formando o cefalotórax e nos quilópodes e diplópodes em que o tórax se une com o abdômen formando o tronco. No subfilo Chelicerata os tagmas denominam-se prossoma (que corresponde ao cefalotórax) e opistossoma (que corresponde ao abdômen)

O primeiro segmento da cabeça é denominado acron e normalmente suporta os olhos, que podem ser simples ou compostos. O último segmento do abdômen é terminado pelo télson. Cada segmento contém, pelo menos primitivamente, um par de apêndices.

Para poderem crescer, os artrópodes têm de se desfazer do exosqueleto "apertado" e formar um novo, num processo designado muda ou ecdise. Por esta razão, eles fazem parte do clado Ecdysozoa, que é um dos maiores grupos do reino animal, incluindo ainda os nematódeos, os Nematomorpha, os Tardigrada, os Onychophora, os Loricifera, os Priapulida e os Cephalorhyncha.

Diferentemente de anelídeos e moluscos,a excreção dos artrópodes é realizada por Túbulos de Malpighi,e não por nefrídeos.

Estes animais respiram por um sistema de traqueias, túbulos que abrem para o exterior através de poros na cutícula chamados espiráculos, e que se estendem por todo o corpo, promovendo a troca de gases. Os artrópodes aquáticos têm brânquias ligadas ao sistema de traqueias.

O sistema circulatório dos artrópodes consiste numa bateria de corações que se dispõem ao longo do corpo e que bombeiam a hemolinfa (o "sangue" destes animais muitas vezes não contém hemoglobina, baseada em ferro, mas sim hemocianina, baseada em cobre), que se encontra banhando os tecidos.

Os artrópodes são protostômios e possuem um celoma reduzido a um espaço à volta dos órgãos da reprodução e da excreção.

Classificação e filogenia dos artrópodes

Um grupo tão numeroso e diversificado, tanto em espécies atuais como extintas, como os artrópodes teria de ser necessariamente difícil de classificar, assim como de definir as suas relações filogenéticas.

Tradicionalmente, considerava-se que os artrópodes teriam tido origem nos anelídeos, por causa da semelhante segmentação do corpo. No entanto, estudos genéticos recentes mostraram que não é assim e que os filos mais próximos dos artrópodes são os Onychophora e os Tardigrada. Além disso, parece aceitável que estes filos e os restantes Ecdysozoa formam um clado monofilético. Os anelídeos, por outro lado, têm características embrionárias em comum com os moluscos e são atualmente classificados no clado Trochozoa (ou Lophotrochozoa, juntamente com os rotíferos e outros animais antes considerados pseudocelomados).

A subdivisão dos artrópodes em grupos que possam igualmente ser considerados clados é também contenciosa. Alguns autores consideram que os Hexapoda e os Myriapoda formam o clado Uniramia, com apêndices não divididos e que seriam um "clado-irmão" dos crustáceos, mas a filogenia destes grupos ainda não está bem estabelecida, pelo que se adotou aqui a classificação em cinco sub-filos, que é a mais aceita.

Como já foi referido, foram encontrados fósseis de artrópodes do período Cambriano, mas há indicações de que formas ainda mais antigas, pertecentes à “Biota Vendiana”, como os "Vendiamorfos" e os "Anomalocaridiídeos" podem ter sido antepassados dos artrópodes atuais.Veja um exemplo de artropode no video abaixo:

os platelmintos e os nematelmintos


Vermes de corpo achatado, cilíndrico ou dividido em anéis:

Os vermes que serão expostos a seguir, são distribuídos em três filos:

  • Platelmintos - vermes de corpo achatado, em forma de fita;

  • Nematelmintos - vermes de corpo homogeneamente cilíndrico e afilado em ambas as extremidades;

  • Anelídeos - vermes de corpo dividido em anéis.

Apesar de os fósseis dos platelmintos, nematelmintos e anelídeos serem relativamente muito raros, calcula-se que esses animais surgiram provavelmente entre 1 bilhão e 600 milhões de anos atrás.

Quando esses invertebrados apareceram, a erosão dos continentes deu origem a uma grande camada de sedimentos no fundo dos mares. Isso teria propiciado uma grande quantidade de alimento e um ótimo esconderijo para esses seres.

Os platelmintos são seres de corpo achatado; daí o nome do grupo: platelmintos (platy = "achatado"; helmintos = "verme"). Esses animais compreendem mais de 15.000 espécies. São principalmente aquáticos, vivendo nos mares, em córregos, lagos e pântanos ou em ambientes terrestres úmidos, arrastando-se no chão sobre um muco que produzem na parte ventral do corpo. Alguns tem vida livre, outros parasitam animais diversos, principalmente vertebrados.

Medindo desde alguns milímetros até alguns metros de comprimento, os platelmintos possuem tubo digestivo incompleto, ou seja, tem apenas uma abertura: a boca - através do qual tanto entram os alimentos como saem as fezes; portanto, não possuem ânus. Alguns nem tubo digestivo tem e vivem adaptados à vida parasitária, absorvendo, através da pele, o alimento previamente digerido pelo hospedeiro.

O corpo dos platelmintos apresenta as seguintes regiões:

  • uma extremidade anterior onde se localizam a cabeça e os órgãos dos sentidos, incluindo células visuais agrupadas em ocelos;

  • uma extremidade posterior ou caudal;

  • um lado dorsal, ou seja, a parte de cima do corpo;

  • um lado ventral, ou seja, a parte de baixo do corpo.

Dependendo das características que apresentam, os platelmintos estão divididos em grupos. Segue estudo sobre as planárias, as tênias e o esquistossomo como representantes desses grupos.

A planária faz parte de um grupo de platelmintos chamado turbelários. Tem o corpo achatado, semelhante a uma folha alongada. Podemos encontrá-la vivendo em córregos, lagos e lugares úmidos. Apresenta cílios no ventre que auxiliam a locomoção. Alimenta-se de moluscos, de outros vermes e de cadáveres de animais maiores.

A planária adulta é hermafrodita, isto é, apresenta tanto o sistema reprodutor masculino quanto o feminino. Quando duas planárias estão sexualmente maduras e se encontram, elas copulam. Após a troca de espermatozóides, os animais se separam e os ovos formados são eliminados para o meio externo. No interior de cada ovo encerrado em cápsulas desenvolve-se um embrião, que se transforma numa jovem planária.

As planárias podem também se reproduzir assexuadamente, simplesmente dividindo-se em duas partes. Cada uma das partes se desenvolve e dará origem a uma nova planária. Possuem, ainda, uma grande capacidade de regeneração. Cortando-se o animal em alguns pedaços, cada um deles pode dar origem a uma planária inteira.

Popularmente conhecidas por solitárias, as tênias fazem parte de um grupo de platelmintos chamados cestóides. Podendo atingir até oito metros de comprimento, as tênias são vermes parasitas, que vivem na carne do porco ou do boi e no intestino do homem.

Existem dois tipos de tênia: a Taenia solium, que parasita o porco e o homem, e a Taenia saginata, que parasita o boi e o homem.

O corpo das tênias é dividido em três partes:

  • cabeça ou escólex;

  • pescoço - curto prolongamento da cabeça;

  • corpo ou estróbilo - dividido em segmentos chamados proglotes.

A Taenia solium pode ser distinguida da Taenia saginata observando-se os detalhes da cabeça. A Taenia solium tem ventosas e ganchos com os quais se prende nas paredes do intestino do homem. A Taenia saginata não tem os ganchos.

Considere uma pessoa que tenha uma tênia no intestino. Esse animal é hermafrodita e se autofecunda. As proglotes que amadurecem possuem órgãos de reprodução masculinos e femininos. Após a fecundação, as proglotes grávidas se desprendem do corpo da tênia e são eliminadas junto com as fezes da pessoa que está sendo parasitada. Se essas fezes forem lançadas no solo ou na água, elas poderão contaminar os alimentos que serão comidos pelos porcos ou pelos bois.

Ao serem ingeridos pro um porco ou por um boi, os ovos se rompem e liberam embriões com ganchos, que atravessam o tubo digestivo desses animais, caindo na corrente sangüínea. Conduzidos então pelo sangue, os embriões instalam-se nos músculos (carne) do animal e aí se transformam em larvas encistadas, que formam cisticercos. Os cisticercos tem cerca de 0,5 a 1,5 cm de diâmetro e seu aspecto lembra um grão de canjica, daí serem conhecidos popularmente como canjiquinhas.

Quando uma pessoa cone carne de porco ou de boi contaminada e mal cozida, a larva de aloja no intestino e aí se desenvolve, dando origem a uma tênia adulta, fechando o ciclo. A presença da tênia adulta no intestino humano provoca a doença chamada teníase. Entre outros sintomas da teníase, podemos considerar a ocorrência de insônia, irritabilidade, diarréia, cólicas abdominais e náuseas.

As tênias são vermes que causam muito mal à nossa saúde. Elas "roubam" alimento do nosso organismo deixando-nos doentes. Para evitá-las, devemos tomar as seguintes providências:

  • exigir que as autoridades do governo realizem obras de saneamento básico (água tratada e encanada, rede de esgotos, coleta de lixo, etc) e uma boa fiscalização da carne nos abatedouros e açougues;

  • construir fossas nos lugares onde não haja rede de esgotos;

  • não jogar as fezes em água ou locais próximos a alimentos que possam ser ingeridos por porcos ou bois;

  • cozinhar bastante a carne. O cozimento prolongado mata as larvas de tênia;

  • Tomar cuidado com a água, com os alimentos crus e com a higiene das mãos.

O esquistossomo (Schistosoma mansoni) pertence a um grupo de platelmintos denominados trematódeos. Esse verme é muito perigoso, pois produz nas pessoas uma doença grave chamada esquistossomose.

O esquistossomo tem sexos separados; a fêmea mede cerca de 1,5 cm de comprimento e o macho, cerca de 1 cm. O esquistossomo macho possui um canal onde a fêmea se abriga na época da reprodução.

O esquistossomo vive geralmente nas veias que ligam o intestino ao fígado das pessoas. A presença desses vermes e de uma grande quantidade de ovos pode provocar um rompimento dessas veias. Além disso, ocorre um aumento no volume do abdome devido ao crescimento desproporcional do fígado e do baço. Por isso, a esquistossomose é também conhecida como barriga-d'água. Entre outros sintomas, além do aumento do volume do abdome, podem ocorrer dores abdominais, cólicas, náuseas, inflamação do fígado e enfraquecimento do organismo.

Inicialmente o esquistossomo põe seus ovos nas veias do intestino do hospedeiro. Esses ovos atravessam as paredes das veias e do intestino e são eliminados juntamente com as fezes. Os ovos que caem na água transformam-se em larvas, os miracídios. Estes penetram no corpo de um caramujo do gênero Biomphalaria e ali transformam em larvas com cauda, chamadas cercárias. Depois de formadas, as cercárias saem do caramujo e passam novamente para a água. As cercárias, então, podem penetrar a pele humana, atingindo a corrente sangüínea e, finalmente, as veias que ligam o intestino ao fígado, onde se desenvolvem e se transformam em vermes adultos, fechando o ciclo.

Para combater o esquistossomo, são necessárias as seguintes providências:

  • exigir que as autoridades do governo realizem obras de saneamento básico;

  • nunca entrar em água onde existam os caramujos hospedeiros do esquistossomo (açudes, lagos, várzeas, etc);

  • construir fossas onde não exista esgoto;

  • combater o caramujo hospedeiro. Dessa maneira impede-se a formação de cercárias, interrompendo o ciclo vital do esquistossomo.

Os nematelmintos (nemato = "filamento"; helmintos = "verme") são vermes de corpo cilíndrico, afilado nas extremidades. Muitas espécies são de vida livre e vivem em ambiente aquático ou terrestre; outras são parasitas de plantas e de animais, inclusive o homem.

Ao contrário dos platelmintos, os nematelmintos possuem tubo digestivo completo, com boca e ânus. Geralmente tem sexos separados, e as diferenças entre o macho e a fêmea podem ser bem nítidas, como no caso dos principais parasitas humanos. De modo geral o macho é menor do que a fêmea da mesma idade e sua extremidade posterior possui forma de gancho.

Ancilóstomos, lombrigas, oxiúros e filárias são alguns tipos de nematelmintos que parasitam os seres humanos. A seguir uma explanação sobre cada um deles:

Os ancilóstomos são uma das espécies mais conhecidas (ancylostoma duodenale) e vive no intestino delgado do homem.

Os ancilóstomos possuem ganchos na cavidade da boca, com os quais lesam a parede do intestino, provocando a liberação de sangue, que usam como alimento. Por isso, provocam hemorragias, que deixam a pessoa anêmica e sem capacidade para o trabalho. A pessoa atacada pelos ancilóstomos fica com a pele amarelada; daí a ancilostomose, nome da doença causada por esses vermes, ser também chamada amarelão.

A pessoa contaminada elimina os ovos do verme juntamente com as fezes. No chão, misturados com a terra úmida, os ovos dão origem a larvas. Quando um homem anda descalço sobre a terra, as larvas podem penetrar em seus pés (principalmente entre os dedos) e entrar na corrente sangüínea. Conduzidas pelo sangue até os pulmões, migram sucessivamente para os brônquios, traquéia, laringe e faringe. Daí elas vão para o esôfago, para o estômago e, finalmente, alcançam o intestino delgado, onde se desenvolvem, atingindo a forma adulta.

Pode-se evitar o amarelão tomando-se o cuidado de não andar descalço em solos que possam abrigar as larvas do parasita, além de cuidados higiênicos, usando instalações sanitárias adequadas, com esgoto ou fossa séptica.

O nome científico das lombrigas é Ascaris lumbricoides. Medem aproximadamente 25 centímetros de comprimento e vivem no intestino humano. Geralmente encontram-se entre quatro e dez lombrigas nas pessoas atacadas, mas esse número pode ser bem maior.

As lombrigas são muito prejudiciais à saúde, pois se alimentam das substâncias nutritivas necessárias à vida do homem. A doença provocada por esses vermes é chamada ascaridíase e, entre seus sintomas, podemos considerar a ocorrência de náuseas, vômitos, cólicas abdominais e emagrecimento.

No intestino humano, as fêmeas fecundadas liberam milhares de ovos por dia. Esses ovos são eliminados juntamente com as fezes e podem contaminar a água e alimentos diversos. Quando uma pessoa engole ovos deste verme juntamente com alimentos crus, frutas mal lavadas e água contaminada, esses ovos alcançam o intestino, onde se rompem e liberam larvas. As larvas atravessam a parede intestinal, caem na corrente sangüínea e migram sucessivamente para os pulmões, os brônquios, a traquéia, a laringe e a faringe. São então engolidas e retornam ao intestino, onde se desenvolvem e se transformam em vermes adultos, fechando o ciclo.

Pode-se evitar a ascaridíase, lavando cuidadosamente frutas e verduras, ingerindo apenas água tratada ou fervida e usando instalações sanitárias adequadas.

Os oxiúros são vermes (Enterobius vermicularis) que podem medir de oito a doze milímetros de comprimento e vivem no intestino grosso, onde provocam inflamações.

As fêmeas fecundadas liberam ovos no intestino humano. Esses ovos são eliminados juntamente com as fezes humanas e podem contaminar a água e alimentos diversos. Uma vez ingeridos por uma pessoa, esses ovos se rompem no intestino e liberam larvas, que se desenvolvem e se transformam em vermes adultos.

As fêmeas fecundadas dirigem-se à região anal, geralmente à noite, causando grande irritação. Crianças, principalmente, podem levar a mão a esse local, para coçar; caso a mão contaminada com os ovos do parasita seja depois levada à boca, esses ovos podem ser engolidos, iniciando-se um novo ciclo.

A doença provocada por esses vermes é chamada oxiurose e pode ser evitada com as mesmas medidas adotadas contra a ascaridíase.

As filárias alojam-se em vasos linfáticos de estruturas diversas dos seres humanos, como mamas e pernas. Os vasos linfáticos coletam e transportam a linfa, um líquido claro retirado dos espaços intercelulares dos tecidos, no interior dos órgãos. As filárias obstruem os vasos linfáticos e dificultam o escoamento da linfa. Com isso, a perna de uma pessoa, por exemplo, fica muito inchada, lembrando a pata de um elefante; por isso a doença é chamada elefantíase. Os vermes adultos têm cerca de quatro (macho) a dez centímetros (fêmea) de comprimento.

Uma pessoa adquire elefantíase quando é picada por um mosquito do gênero Culex, conhecidos como muriçocas. Ao sugarem o sangue de uma pessoa, esses mosquitos inoculam as larvas do parasita no organismo. Essas larvas se alojam nos vasos linfáticos e completam o seu desenvolvimento. Por isso, o combate a essa doença consiste basicamente na destruição do inseto e em evitar o seu acesso às moradias, colocando, por exemplo, telas nas janelas.

No grupo dos anelídeos estão incluídos os vermes cujo corpo é geralmente segmentado, dividido em anéis.

Os anelídeos vivem no solo úmido, na água doce e salgada. Podem ser parasitas ou de vida livre. Alguns são hermafroditas, mas existem também os que apresentam sexos separados.

O mais conhecido invertebrado deste grupo é a minhoca.

O corpo das minhocas é cilíndrico, alongado e dividido em anéis - que variam em número de acordo com a espécie e a idade.

No primeiro anel encontra-se a boca e no último o ânus. Na Pheretina hawayana, o 14°, 15° e o 16° anéis, a contar da boca, formam uma região denominada clitelo. O clitelo tem importante função na reprodução.

ANELÍDEOS ANELÍDEOS

NAS FOTOS: ANELÍDEOS

Nas extremidades anterior e posterior do corpo existem células sensitivas que permitem às minhocas distinguir o claro e o escuro. Na superfície do corpo existem cerdas - pequenos filamentos que ajudam a locomoção.

As minhocas vivem no interior do solo, cavando túneis. Para se locomoverem, elas contraem e distendem seus músculos, fazendo com que os anéis se encolham e se estendam, num movimento ondulatório. Esse movimento é auxiliado também pelas cerdas, que se erguem, fornecendo ao animal maior apoio nas irregularidades do terreno.

As minhocas respiram pela pele, que deve permanecer úmida para facilitar as trocas gasosas.

Você já deve ter ouvido dizer que as minhocas comem terra. Na verdade, elas se alimentam de folhas caídas e dos restos vegetais que estão misturados ao solo. Para tanto, elas engolem porções de terra, nas quais encontram seus alimentos.

A faringe da minhoca possui glândulas que secretam um muco para lubrificar o alimento. Chegando ao papo, onde fica armazenado, o alimento passa em seguida para a moela, mais resistente. Na moela ocorre a primeira fase da digestão, ou seja, a trituração do material engolido. Esse material vai depois para o intestino, onde são absorvidas as substâncias alimentares. Os resíduos não aproveitados e a terra são eliminados através do ânus.

Os anelídeos apresentam formas variadas, de acordo com a presença de cerdas de seu corpo, foram divididos em três grupos:

  • Oligoquetas: são os anelídeos com poucas cerdas. As minhocas pertencem a este grupo.

  • Poliquetas: estes anelídeos têm muitas cerdas, vivem geralmente no mar.

Alguns poliquetas são fixos e secretam um tubo de calcário onde se escondem dos predadores e produzem "penachos'' com brânquias que rodeiam a boca, retirando o oxigênio da água e capturando microrganismos dos quais se alimentam. Outros são móveis, atuam como predadores e possuem cabeça bem diferenciada, com olhos e tentáculos.

  • Hirundíneos: Os anelídeos deste grupo não possuem cerdas. O mais conhecido é a sanguessuga, que parasita animais diversos. Vive em riachos e pântanos. Nas extremidades de seu corpo existem ventosas: com uma delas a sanguessuga prende-se firmemente à pele de seu hospedeiro; com a outra, suga-lhe o sangue.

- C U R I O S I D A D E S -

  • As sanguessugas produzem uma substância chamada hirudina, que impede a coagulação do sangue. Por isso mesmo foram muito utilizadas no século XIX para provocar sangrias em pessoas com pressão alta. Várias sanguessugas, que podem ingerir várias vezes o seu peso em sangue eram colocadas sobre o paciente.

  • As minhocas atuam como verdadeiros "arados naturais", construindo galerias subterrâneas, revolvendo o solo e, assim, aumentando sua aeração e a drenagem de água.

Ao mesmo tempo, enterram folhas e depositam fezes na terra, contribuindo para a formação de humo, que fertiliza o solo. Sabe-se que um solo com minhocas é geralmente mais rico em sais minerais diversos que um solo destituído desses animais.

Cresce em todo o mundo a minhocultura, ou criação de minhocas, com a finalidade de produzir humo para a agricultura. O humo de minhocas não tem cheiro forte e pode ser armazenado por vários meses sem perda de qualidade. As minhocas são também utilizadas para a fabricação de rações animais, pois são relativamente ricas em proteínas.

  • Os cientistas descobriram que as minhocas podem ser usadas para medir os níveis de poluição do solo. Como esses anelídeos se alimentam de grande quantidade de terra com restos de vegetais, alguns poluentes, como certos inseticidas, podem fica retidos em seu organismo.

Retirando um pouco do líquido corpóreo das minhocas, os cientistas conseguem estimar a quantidade de certas substâncias tóxicas no solo. Acrescentam ao líquido certos corantes que reagem rapidamente com essas substâncias, em caso positivo de poluição.

  • A cisticercose é uma doença causada pela ingestão de ovos de Taenia solium. Neste caso, ocorre no corpo humano aquilo que se verifica no porco. Os embriões penetram na corrente sangüínea e podem se alojar em órgãos diversos, como os pulmões e o cérebro, onde formam cisticercos. As larvas no cérebro podem provocar dores de cabeça, convulsões, alterações visuais e até a morte.

Alguns remédios são utilizados na tentativa de destruir os cisticercos, mas, muitas vezes, é feita uma cirurgia para extraí-los.

  • Até organismos relativamente simples como os platelmintos podem aprender.

Em laboratório, num labirinto com caminhos brancos e pretos, uma planária levava um choque sempre que escolhia o caminho preto. Então ela se virava para o caminho pintado de branco. Após o "treinamento", a planária passou a atravessar o caminho sem errar, escolhendo apenas os atalhos brancos.

Experimentos diversos também indicaram que platelmintos não "treinados", mas alimentados com carne de platelmintos "treinados", atravessaram corretamente o caminho, mostrando que essa aprendizagem fica memorizada no organismo do animal.

os poríferos e os celentrados


Os poríferos são chamados também de esponjas e os celenterados, de cnidários:

Os poríferos, ou esponjas, surgiram há cerca de 1 bilhão de anos e, provavelmente, se originaram de seres unicelulares e heterotróficos que se agruparam em colônias. Possuem tecidos, mas não apresentam órgãos nem sistemas; são animais exclusivamente aquáticos.

Os celenterados surgiram provavelmente entre 1 bilhão e 800 milhões de anos atrás, depois dos poríferos, portanto. Ao contrário dos poríferos, os celenterados apresentam cavidade digestiva. São também animais exclusivamente aquáticos.

O corpo de uma esponja tem grande número de células que apresentam uma certa divisão de funções. Algumas dessas células são organizadas de tal maneira, que formam pequenos orifícios, denominados poros, em todo o corpo do animal. É por isso que esses seres recebem o nome de poríferos.

O corpo do porífero geralmente tem a forma de uma bolsa. A cavidade interna chama-se átrio. Na parte superior do átrio existe uma abertura, o ósculo, que serve para eliminar a água com as substâncias desnecessárias à nutrição do animal e com os detritos resultantes da atividade celular.

Esses animais não possuem órgãos especializados para digestão, excreção ou reprodução. Todas essas funções são realizadas por diferentes células.

O esqueleto das esponjas é formado por diversos tipos de substâncias. Entre elas, destacam-se as espículas de calcário ou de sílica, com formas variadas, e uma rede de proteína chamada espongina.

Em certas esponjas, o esqueleto não possui espículas, mas tem a rede de espongina bastante desenvolvida. As esponjas desse tipo foram muito utilizadas para banho e limpeza. Como a indústria passou a produzir esponjas sintéticas, o uso das esponjas naturais para essa finalidade foi substituído consideravelmente.

CELENTERADOS CELENTERADOS

A maioria dos poríferos vive no mar. Podem ser encontrados desde a linha da maré até seis mil metros de profundidade. Alguns são de água doce. Vivem presos nas rochas, nas conchas, ou associados à areia do fundo do mar ou de um lago, etc.

As esponjas são animais filtradores: a água penetra em seu corpo através dos poros e cai no átrio; então certas células retiram gás oxigênio e capturam partículas alimentares presentes na água, ao mesmo tempo que elimina resíduos não aproveitáveis e gás carbônico. Essa água sai do corpo da esponja através do ósculo.

Em sua alimentação, as esponjas retiram da água detritos diversos e microorganismos, como protozoários e certas algas. O alimento assim obtido é digerido no interior de certas células - por isso se diz que os poríferos tem digestão sempre intracelular. As esponjas podem filtrar em uma hora um volume de água centenas de vezes maior que o volume de seu corpo.

A reprodução dos poríferos pode ser assexuada ou sexuada.

A assexuada ocorre, por exemplo, por brotamento. Neste caso, formam-se brotos, que podem se separar do corpo do animal e dar origem a novas esponjas.

A sexuada é menos freqüente que a reprodução assexuada, mas ocorre em alguns tipos de esponjas.

Quando os espermatozóides (gametas masculinos) estão maduros, eles saem pelo ósculo, junto com a corrente de água, e penetram em outra esponja, onde um deles fecunda um óvulo (gameta feminino). Após a fecundação, que é interna, forma-se um ovo ou zigoto, que se transforma em uma larva. Esta larva sai do corpo da esponja, nada e se fixa, por exemplo, em uma rocha, onde se desenvolve até se transformar em uma esponja adulta.

Os celenterados são também chamados cnidários. A água-viva, a caravela, a hidra e os corais são alguns exemplos de celenterados. Eles são aquáticos e vivem principalmente no mar.

A água-viva e a caravela têm vida livre e são levados pelas ondas. Os corais, a hidra e a actínia (anêmona-do-mar) vivem presos a um suporte, por exemplo, no fundo do mar ou sobre rochas.

Todos os celenterados têm o corpo formado por duas camadas de células, interligadas por uma substancia chamada mesogléia, que dá ao animal uma aparência gelatinosa.

Os celenterados podem apresentar-se sob duas formas: os pólipos ou medusas.

Pólipos: Os pólipos têm forma cilíndrica e vivem geralmente fixos, por exemplo, em uma rocha. Na sua extremidade livre, apresenta tentáculos em volta da boca.

Medusas: As medusas são geralmente semi-esféricas, como um guarda-chuva. Seus tentáculos contornam a margem do corpo, no centro do qual fica a boca. São carregadas pelas correntes, pois sua capacidade natatória é limitada.

Os celenterados possuem em seus tentáculos células urticantes ou cnidócitos. Essa células, também chamadas cnidoblastos, servem para a captura de alimentos e para a defesa do animal.

Os cnidócitos, pequenas células na forma de um saco, possuem uma cápsula (nematocisto), dentro da qual se encontra um filamento enrolado, que serve para injetar uma substância urticante. Cada cnidócito possui um cílio (cnidocílio) que, ao ser tocado, dispara um filamento. A ação conjunta de muitos cnidócitos podem ferir um predador ou paralisar rapidamente uma pequena presa. Uma vez descarregado, o cnidócito é substituído.

Quando uma presa é capturada por um celenterado, ela penetra pela boca do animal e chega até uma cavidade digestiva - aliás, o nome desse grupo vem de celo = "cavidade" e entero = "intestino". Nessa cavidade, o alimento é parcialmente digerido e depois absorvido por certas células, no interior das quais a digestão se completa. Por isso se diz que a digestão nos celenterados é extracelular (na cavidade digestiva) e também intracelular (no interior da células). Não possuindo ânus, esses animais eliminam pela boca os resíduos não aproveitáveis.

Os celenterados dividem-se em três grandes grupos:

  • hidrozoários, representados pela hidra e pela caravela;

  • cifozoários, representados pelas águas-vivas;

  • antozoários, representados pelas actínias (ou anêmonas-do-mar) e pelos corais.

A hidra é um celenterado que tem o corpo cilíndrico e em forma de pólipo. Vive em água doce, preferencialmente em águas frias e limpas, presa por uma extremidade a um rocha ou à vegetação aquática. Tem cor verde, parda ou cinza. Algumas hidras podem se locomover dando "cambalhotas".

A hidra pode apresentar reprodução assexuada ou sexuada.

Assexuada por brotamento - No meio do corpo da hidra pode nascer um broto. Este broto cresce e separa-se da hidra-mãe. Em seguida, fixa-se em algum lugar e continua a desenvolver-se independentemente.

A hidra masculina possui testículo, onde se formam os espermatozóides. A hidra feminina possui ovário, onde se desenvolvem os óvulos. A hidra masculina elimina espermatozóides na água; estes deslocam-se até uma hidra feminina, onde o óvulo é fecundado. Forma-se, então, um zigoto ou célula-ovo, que se desenvolve no corpo da hidra feminina, transformando-se em embrião. Depois o embrião separa-se do corpo da hidra-mãe, dando origem a uma pequena hidra, que cresce até formar uma hidra masculina ou feminina adulta.

A caravela não é um animal isolado. É uma colônia de vários pólipos transparentes que, como um todo, ficam flutuando sobre a água do mar. Na colônia, grupos diferentes de pólipos desempenham funções diferentes. Uns são responsáveis pela digestão dos alimentos, outros pela reprodução, outros pela proteção de toda a colônia, e assim por diante.

Physalia physalis é uma espécie de caravela que vive em alto-mar e tem tentáculos compridos de até vinte metros ou mais. As caravelas são muito perigosas devido às substâncias urticantes que fabricam e que podem causar queimaduras às pessoas.

As águas-vivas tem a forma de medusa, lembrando um guarda-chuva aberto, com a bica situada na parte inferior, onde também ficam os tentáculos. Seu tamanho varia muito de uma espécie para outra. Algumas podem ter mais de dois metros de diâmetro. Alimentam-se principalmente de invertebrados e pequenos peixes. Às vezes são lançadas aos milhares na praia pelas ondas.

Na reprodução da água-viva observam-se uma fase sexuada e outra assexuada. A etapa sexuada acontece na forma de medusa, que é a fase mais desenvolvida do ciclo; a assexuada ocorre na forma de pólipo, que é reduzida.

Etapa sexuada - Depois que o espermatozóide fecunda o óvulo, forma-se a célula-ovo ou zigoto. Dele, desenvolve-se uma larva que dará origem a um pequeno pólipo.

Etapa assexuada - O pólipo cresce e reproduz-se assexuadamente dando origem a novas medusas, que vão se tornando adultas e se transformando em novas águas-vivas.

As actínias só existem na forma de pólipos. Parecem uma flor e, por isso, são chamadas também de anêmonas-do-mar. Possuem cores e tamanhos variados, medindo desde alguns milímetros até um metro de diâmetro. Esses animais são encontrados fixos a um suporte: uma rocha, um pedaço de madeira ou carapaças de outros animais. Alimentam-se de moluscos, crustáceos e outros invertebrados e até de pequenos peixes.

Os corais são colônias formadas por pequenos pólipos, que se reproduzem assexuadamente por brotamento. Estes pólipos unidos fabricam uma substância calcária, compondo imensas colônias. Nas colônias, os indivíduos executam determinadas funções. Alguns são responsáveis pela captura de alimentos, outros fazem a proteção da colônia e outros ainda se encarregam da reprodução.

Os corais apresentam as mais variadas cores, como vermelho, branco, rosa, laranja ou amarelo. Por isso são utilizados na decoração de aquários e até na fabricação de jóias. Vivem em águas quentes, geralmente até à profundidade de 36 metros, entretanto já foram encontrados alguns corais vivendo a 7.500 metros de profundidade.

Quando morrem, seus esqueletos permanecem intactos e servem de suporte para outros pólipos da colônia, formando, assim, os recifes de corais. Em muitos casos, esses recifes oferecem perigo às embarcações, constituindo verdadeiras armadilhas submarinas. A Grande Barreira de Recifes, na costa nordeste da Austrália, resulta principalmente da acumulação de esqueletos calcários de corais e é um sério obstáculo à navegação.

- C U R I O S I D A D E S -

Medusas - Existem medusas de doze milímetros até dois metros de diâmetro, como as do gênero Cyanea, que vivem no oceano Ártico e possuem tentáculos de até trinta metros de comprimento.

No oceano Índico e Pacífico vivem medusas chamadas vespas-do-mar, que possuem veneno capaz de matar um homem. Nas águas brasileiras, as espécies mais comuns pertencem ao gênero Rhizostoma e não são tão perigosas para o ser humano.

No verão, são comuns os acidentes provocados por águas-vivas em pessoas que freqüentam as praias. A gravidade vai depender da extensão do corpo que for atingida.

A presença de cnidócitos garante uma eficiente defesa do animal, que tem poucos predadores. Mas a tartaruga, seu principal predador, possui na boca e no esôfago um revestimento protéico de queratina, que a protege contra o líquido urticante. A queratina também está presente na formação da carapaça das tartarugas.

As medusas são bastante gulosas. A Aurelia, pro exemplo, muito comum em todo o mundo, mede cerca de 25 centímetros de diâmetro e é capaz de matar diz filhotes de salmão por hora.

Elas se locomovem através de um sistema de propulsão a jato. Quando contraem os músculos da borda do corpo, expulsam um forte jato de água que as impulsiona para a frente.

Em 1991, 2.500 medusas passaram nove dias em órbita a bordo do ônibus espacial norte-americano Columbia. Foram escolhidas para estudo do efeito da falta de gravidade sobre seus processos de reprodução, crescimento e locomoção.

Aqui na Terra, as medusas são utilizadas em pesquisas de farmacologia marinha. Elas produzem uma fotoproteína que, ao entrar em contato com o cálcio, fica luminosa. Assim, procura-se descobrir o papel do cálcio em contrações musculares.

As sócias dos corais - Os pólipos que formam os corais contam com a ajuda de pequenas algas unicelulares que vivem no interior de seus tecidos. Essas algas auxiliam na produção de carbonato de cálcio, que forma os esqueletos produzidos pelos pólipos.

Os esqueletos que vão sendo construídos tem as mais variadas formas, que se adaptam bem ao ambiente em que se encontram. Os corais em forma de cérebro são encontrados mais facilmente no fundo do mar; os corais poritos e acróporos vivem nas regiões superficiais, pois suportam por mais tempo o impacto das ondas sem se quebrarem.

O perigo ronda os corais - Na década de 1960, por motivos desconhecidos, apareceu nos recifes do oceano Pacífico um número alarmante de estrelas-do-mar chamadas coroa-de-espinhos (gênero Acanthaster). No ano de 1965, elas destruíram cerca de 360 km² de recifes na Austrália.

A coroa-de-espinhos tem dezesseis braços e é uma devoradora de pólipos de coral. Para se alimentar, ela everte seu estômago e espalha sobre eles seu líquido digestivo.

Muitos biólogos acreditam que o aumento do número dessas estrelas seja devido ao desequilíbrio ecológico causado pelo homem.

A guarda-costas do ermitão - O caranguejo-ermitão, ou paguro, esconde seu abdome mole dentro de conchas vazias de moluscos.

Este caranguejo costuma capturar algumas anêmonas alojando-as sobre a concha. A anêmona, assim instalada, não precisa locomover-se e ainda tem um suprimento constante dos restos alimentares do ermitão. Em compensação, a anêmona, com o líquido urticante de seus tentáculos, serve como verdadeira guarda-costas para o caranguejo, afastando predadores desse animal, como alguns polvos.

Assim, o caranguejo e a anêmona estabelecem uma relação de mutualismo, em que ambos são beneficiados.

cadeia alimentar


A cadeia alimentar ou trófica é uma sequência de seres vivos/populações que se alimentam uns dos outros. É a maneira de expressar as relações de alimentação entre os organismos de uma comunidade/ecossistema, iniciando-se nos produtores e passando para os consumidores (herbívoros, predadores) e decompositores, por esta ordem. Ao longo da cadeia alimentar há uma transferência de energia e de nutrientes, sempre no sentido dos produtores para os consumidores. A transferência de nutrientes fecha-se com o retorno dos nutrientes aos produtores, possibilitado pelos decompositores que transformam a matéria orgânica dos cadáveres e excrementos em compostos mais simples, pelo que falamos de um ciclo de transferência de nutrientes. A energia, por outro lado, é utilizada por todos os seres que se inserem na cadeia alimentar para sustentar as suas funções, diminuindo ao longo da cadeia alimentar(perde-se na forma de calor),não sendo reaproveitável. A Energia tem portanto um percurso acíclico. Esse processo é conhecido pelos ecologistas como fluxo de energia.

A posição que cada um ocupa na cadeia alimentar é um nível hierárquico que os classifica entre produtores (como as plantas), consumidores (como os animais) e decompositores (fungos e bactérias).

Porque frequentemente cada organismo se alimenta de mais de um tipo de animais ou plantas, as relações alimentares (também conhecidas por relações tróficas) tornam-se mais complexas, dando origem a redes ou teias alimentares, em que as diferentes cadeias alimentares se inter-relacionam.

O primeiro nível trófico é constituído pelos seres autotróficos, também conhecidos por produtores, capazes de sintetizar matéria orgânica a partir de substâncias minerais e fixar a energia luminosa sob a forma de energia química. Os organismos deste nível são as plantas verdes, as cianófitas ou cianofíceas (algas verde-azuladas ou azuis) e algumas bactérias que, devido à presença de clorofila (pigmento verde), podem realizar a fotossíntese. Estes organismos são também conhecidos por produtores primários.

Os níveis seguintes são compostos por organismos heterotróficos, ou seja, aqueles que obtêm a energia de que precisam de substâncias orgânicas produzidas por outros organismos. Todos os animais e fungos são seres heterotróficos, e este grupo inclui os herbívoros, os carnívoros e os decompositores.

Exemplo de teia alimentar da Ilha do Urso.

Os herbívoros são os organismos do segundo nível trófico, que se alimentam diretamente dos produtores (por exemplo, a vaca). Eles são chamados de consumidores primários; os carnívoros ou predadores são os organismos dos níveis tróficos seguintes, que se alimentam de outros animais (por exemplo o leão). O carnívoro, que come o herbívoro, é chamado de consumidor secundário. Existem seres vivos que se alimentam em diferentes níveis tróficos, tal como o Homem que inclui na sua alimentação seres autotróficos, como a batata, e seres herbívoros como a vaca.

Os decompositores são organismos que se alimentam de matéria morta e excrementos, provenientes de todos os outros níveis tróficos. Este grupo inclui algumas bactérias e fungos. O seu papel num ecossistema é muito importante uma vez que transformam as substâncias orgânicas de que se alimentam em substâncias minerais. Estas substâncias minerais são novamente utilizáveis pelas plantas verdes, que sintetizam de novo matéria orgânica, fechando assim o ciclo de utilização da matéria.

Fluxo de matéria e energia em uma teia alimentar.
Pirâmide de energia de uma comunidade aquática. Em ocre, a produção líquida de cada nível; em azul, respiração, a soma à esquerda é a energia assimilada.

Ao longo da cadeia alimentar há uma transferência de energia e de matéria orgânica. Estas transferências têm aspectos semelhantes, uma vez que se realizam sempre dos autotróficos para os níveis tróficos superiores (herbívoros, carnívoros e decompositores), mas existe uma diferença fundamental: os nutrientes são reciclados pelos decompositores, que os tornam disponíveis para os seres autotróficos sob a forma de minerais, fechando assim o ciclo da matéria, enquanto a energia, que é utilizada por todos os seres vivos para a manutenção da vida, é parcialmente consumida em cada nível trófico. Assim, a única fonte de energia num ecossistema são os seres autotróficos e, simultaneamente, todos os seres vivos dependem dessa energia para realizar as suas funções vitais. Como apenas uma parte da energia que chega a um determinado nível trófico passa para o nível seguinte: apenas 10% da energia de um nível é produzido a partir do próximo, o que geralmente restringe o número de níveis a não mais do que cinco, pois em determinado nível a energia disponível é insuficiente para permitir a subsistência

Exemplos de cadeia alimentar

Não é possível informar com precisão onde começa ou termina um ciclo da cadeia alimentar, de modo geral podemos dizer que são encontrados no meio terrestre, em meio a suspensão vegetativa (nas florestas) e o no meio aquático.

Ciclo Terrestre:

Folha de uma plantagafanhotoavejaguatiricadecompositoresinsetos aladoscobraavescapimcoelhoraposaonça→ decompositores

Ciclo em Suspensão:

árvorefolhaslagartamariposasapocobracorujadecompositoresmoscamosquitolouva-deuscobracoruja

Ciclo Aquático:

algascaramujos, insetos aladoslarvas, peixesmamíferos, aves aquáticasdecompositores, Insetos aladoslarvas

Teia Alimentar

Teia ou rede alimentar é um conjunto de cadeias alimentares ligadas entre si, geralmente representado como um diagrama das relações tróficas (alimentares) entre os diversos organismos ou espécies de um ecossistema[1].

As teias alimentares, em comparação com as cadeias, apresentam situações mais perto da realidade, onde cada espécie se alimenta em vários níveis hierárquicos diferentes e produz uma complexa teia de interações alimentares. Todas as cadeias alimentares começam com um único organismo produtor, mas uma teia alimentar pode ter vários produtores. A complexidade de teias alimentares limita o número de níveis hierárquicos, assim como na cadeia.

As teias alimentares dão uma noção mais realista do que acontece nos diversos ecossistemas porque a relação entre dois organismos (o alimento e seu consumidor) não é sempre a mesma.

Os consumidores variam de alimento conforme sua disponibilidade no ambiente.Veja um exemplo no video abaixo: